Paula Reale Fernandes – Médica-reumatologista (CRMMG 64.205 – RQE 47.477)
‘Uma mulher, quando reconhece sua força, se torna fonte inesgotável de inspiração’ (Rafael Nolêto)
O ano era 2020… O mundo foi assolado por um ser microscópico e temeroso (o coronavírus, que nos trouxe a pandemia da Covid-19). Muitas perguntas, nenhuma resposta!
E as mulheres reafirmaram seu importante papel na sociedade. Permaneceram firmes no trabalho, mesmo que de dentro de casa, tendo que conciliar o papel de mãe, esposa e mantenedora do lar.
Foram impostos vários obstáculos, que a princípio estremeceram as bases e, logo, foram vencidos. Primeiro, as horas de trabalho home-office aumentaram em relação ao presencial.
Segundo, os filhos estavam constantemente em casa, sem escola, sem contato com os coleguinhas, sem praças para lazer. Como entreter uma criança em pleno vigor físico e mental, durante 24 horas? Missão impossível!
E, claro, não podemos esquecer da atribuição de esposa. Ah! E o salão de beleza? Como cuidar de tudo e ainda ficar linda? Estavam todos os salões fechados. Foi um verdadeiro aprendizado, descobertas de novos estilos, percepção de vaidade.
Época de amadurecimento forçado, perdas e ganhos, abdicação de desejos, supressão de ímpetos primitivos…
As mulheres se reinventam, dão o toque doce da vida, buscam se aprimorar e estar dispostas para enfrentar as adversidades.
E no Dia 8 de Março, temos muito a vibrar e a comemorar, pois nós, mulheres, transcendemos a experiência do afeto e do cuidado em seu mais íntimo significado.
– Texto publicado em nossa edição impressa de 11/3 (alusiva ao Dia Internacional da Mulher).